Conforme levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o setor da avicultura de corte em Mato Grosso do Sul cresceu 46,32% nos últimos 10 anos.
Para a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famasul), o resultado de crescimento expressivo se deve principalmente pela questão da produção.
“Os consumidores, tanto internos como externos, buscam alimentos cada vez mais seguros e nosso estado possui um celeiro de oportunidades para esse setor, pois temos grãos, solo e clima favoráveis, pontos importantes para a biosseguridade das granjas”, destaca o consultor técnico do Sistema Famasul, Fernando Bressan.Conforme divulgado pela Famasul, os produtores têm recebido incentivos para aprimoramento da qualidade de produção e expansão.
A exemplo do Programa de Avanços da Pecuária de Mato Grosso do Sul (PROAPE), voltado ao auxílio para produtores rurais conseguirem atender os altos níveis de exigência e o padrão de modernidade.
Desse modo, o objetivo principal é auxiliar na expansão da atividade no estado, além de buscar apoio para as ações de regularização ambiental, sanitária e trabalhista, por meio de incentivo financeiro ao avicultor que aplica o “tripé da sustentabilidade” no sistema produtivo, como pagamento de serviços ambientais.
Segundo o órgão, os benefícios serão no máximo de 50% do valor do ICMS devido nas operações internas, sendo que 32% são para aqueles que cumprirem todos os critérios obrigatórios e 1,5% para cada critério complementar cumprido, limitado ao total de 18%.
A consultora técnica da Famasul, Fernanda Lopes, destaca que a produção de frangos de corte em Mato Grosso do Sul está alicerçada no sistema de integração.
“A agroindústria é denominada integradora, que fornece ao produtor integrado os pintos, a ração, assistência técnica, se responsabiliza pelo abate e pela comercialização do frango abatido e o produtor entra com as instalações, os equipamentos, o aquecimento, a água, a cama e a mão de obra”, explicou.
Outro fator que tem contribuído para o crescimento do setor é a relação de integração entre produtor e indústria foi regulamentada pela Lei 13.288/2016, conhecida como “Lei da Integração”.
Tal legislação prevê, ainda, a criação da Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação na Integração (CADEC), o qual auxilia na gestão da relação entre os representantes dos produtores integrados e da indústria integradora.
Em Mato Grosso do Sul existem quatro no setor de avicultura, localizadas nos municípios de Sidrolândia, Dourados, Caarapó e Glória de Dourados.
Conforme divulgado pela Famasul, entre janeiro e setembro de 2022, o preço médio do frango abatido no atacado do Estado foi 19,7% superior, se comparado ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da Ceasa/MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul).
Segundo a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro/MS), o número de abates também cresceu no período, saindo de 131,6 milhões de cabeças abatidas em 2021, para 133,1 milhões neste ano.
Já os dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior e Serviços (MDIC) detalham que o volume da carne de frango in natura exportada nos 9 primeiros meses de 2022 foi de 137,9 mil toneladas, totalizando US$ 290 milhões em faturamento na comercialização.